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HELIETE MARIA LELIS LEITE
( Brasil – Paraíba )

 

Casada, dois filhos, residente na capital paulista.
Natural de João Pessoa (PB).
Licenciatura Plena em Letras  (Alemão) pela Universidade de São Paulo.
Participou de vários Simpósios relacionados com a arte e a cultura. Teve um trabalho publicado na revista “Querida” (1964), denominado . “O Filho escondido”.
Atualmente (em 1986) trabalha na Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, na função de Oficial de Administração.

 

LITERATURA BRASILEIRA.  Capa e Coordenação editorial: Christina Oiticica.  Rio de Janeiro; Shogun Editorial, 1986.  97 p.  No. 10 371
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

 

                     DESTRUIÇÃO

Homem
dei minha vida por ti,
Renunciei aos meus pais pelos teus,
Fiz da minha vida um calvário e
Vim à terra para te salvar.
E eis que estou atônito diante de tanto progresso,
Preocupado com o teu futuro,
Descrente da tua fé,
Infeliz, diante da tua maldade.
Se olhares o meu semblante
Só verás nele tristeza e amargura
No lugar da alegria,
Que foi sufocada
Por Cubatão,
Por Hiroshima,
Pelas Guerras Mundiais,
Pelas Usinas Nucleares
Pela tua destruição,
Homem!


VIOLÊNCIA



Não vou dizer-lhes verdades
Nem pregar-lhes moral.
Não vou falar-lhes suas violências.
Nem vou falar-lhes de suas falhas humanas e administrativas.
Não vou contar-lhes
Dos sofrimentos dos meus pais
Das noites que não dormiram
Do sorriso que mais não tinham.
Não vou falar-lhes do menino pobre
Que violentado por vocês, sofreu num leito de hospital
E nas salas de terapia.
Não vou falar-lhes do meu aniversário:
Doze anos. Apenas doze!
Que passei no hospital.
Não vou falar-lhes do único presente que ganhei nesse dia:
Um carinho.
Que toda criança sonha possuí-lo de verdade
E quando esse sonho se torna realidade
Vocês esquecem e fazem dele um objeto de violência.
Não vou dizer-lhes que cresci prematuramente
Perdendo o resto da minha infância.
Não vou dizer-lhes que perdi meus amigos por preconceito
E que ganhei outros por piedade.
Não vou dizer-lhe que sou um imperfeito
No mundo dos perfeitos
Só uma coisa gostaria de dizer-lhes:
Com tantos exemplos de agressão e violência
Que vocês nos dão,
Que poderemos ser
Quando formos adultos?

*
VEJA e LEIA outros poetas da PARAÍBA em nosso Portal:
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Página publicada em abril de 2025.


 

 

 
 
 
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